segunda-feira, 10 de julho de 2017

Não dá mais, eu não aguento mais, não pode ser assim, não está certo.
Para, você está doida, está tudo certo, isso é coisa da sua cabeça.
Não, não está tudo bem.
Lágrimas. Vídeos. Pensamentos demais. Indecisão.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Meu emprego mudou, a cidade mudou, minha casa também não é mais a mesma, e algumas amizades também já não são mais as mesmas. Minhas únicas companhias ultimamente tem sido meu rádio e meu computador.
Já não vejo mais as pessoas que eu mais amo com tanta frequência, não falo mais com elas com tanta frequência, e a vida está cada dia se mostrando mais como verdadeiramente é: Difícil.
Há os momentos bons e felizes, os sorrisos compartilhados, as risadas, as conversas jogadas fora, mas a solidão é um problema diário, e um problema muito doloroso, junto com a saudade, que aumenta a cada dia que passa.
Mas apesar de tudo, eu sou feliz, me considero uma pessoa feliz, eu não passo fome nem frio, tenho amigos de verdade e uma família que eu amo, e acima de tudo, eu posso me orgulhar de quem sou.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Eu sei que no fundo, você tem medo.
Tem medo de me olhar nos olhos e tem medo das minhas palavras.
Tem medo de que eu te machuque e fale algo que é real mas que você não quer admitir.
Tem medo por conta de palavras que foram ditas há algum tempo e que fizeram todo o sentido.
Tem medo de demonstrar o que sente e de falar o que é preciso.
Você simplesmente tem medo de mim, e esse é o último sentimento no mundo que você deveria ter.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Meu sofrimento diário.

Seu silêncio me incomoda. Essa sua boca que não profere uma palavra sequer, sua expressão facial que não demonstra nada além de frieza e indiferença.
E o meu silêncio também me incomoda, me machuca. O fato de não conseguir dizer nada por me sentir intimidada pela sua falta de atenção e pela sua notável falta de sentimentos, ou pelo menos a notável aparência de falta deles. Tudo isso me incomoda. O fato de não falares, e me fazer sentir como se não devesse também, seu silêncio que me causa medo, que me causa angústia, esse silêncio que está entre nós e que raramente se dissipa, somente em breves momentos para as mais simples e dispensáveis palavras. Nosso silêncio está me matando, me machuca dia após dia, me faz querer falar, mas ao mesmo tempo me mantém calada, me intimida, não se acaba nunca.

terça-feira, 8 de março de 2011

Um sonho realizado.

Foi na manhã do dia 5 de março de 2011 que tudo começou, e esse foi, de longe, o melhor dia da minha vida.
Eu cheguei em Balneário Camboriú quando eram quase 7 horas da manhã, tinha show do NX Zero e eu estava disposta a fazer qualquer coisa pra vê-los e bater uma foto com cada um. Claro que eu não estava sozinha nessa, minha amiga Bella e o pai dela estavam comigo.
De manhã nós nos concentramos em procurar o hotel que eles ficariam, e nós tínhamos 3 nomes de possíveis hotéis. Fomos em um e nos disseram que eles não ficariam naquele hotel; fomos para o segundo e perguntamos se o NX ficaria ali e um funcionário disse que não estava sabendo de nada. Como a equipe da dupla Fernando e Sorocaba estava tirando umas coisas do hotel e colocando numa van, achamos suspeito e resolvemos ficar por ali mesmo. Sentamos em uma praça na frente do hotel e depois de alguns minutos, umas 10 meninas chegaram lá também, e um pouco depois vieram falar com a gente, elas também eram fãs e também estavam tentando descobrir o hotel. Conversamos um pouco e uma amiga delas ligou dizendo que os meninos tinham uma reserva confirmada em um hotel em Itajaí, cidade vizinha de BC.
De imediato elas foram pra Itajaí, umas de táxi e outras de carro com a mãe de uma delas. A Bella também queria ir, mas o pai dela achou arriscado,tinha medo de que o hotel não fosse aquele. Continuamos na frente do hotel que estávamos e depois uma amiga da Bella chegou lá, a Ana. Depois de conversar um pouco resolvemos ir almoçar, fomos para o shopping atlântico e quando estávamos comendo uma amiga da Bella mandou sms, a Bella ligou pra ela e ela mandou nós irmos correndo para o hotel San Remo, que por acaso, era nossa terceira opção, mas não tínhamos ido lá ainda.
Pegamos os lanches e refris e fomos direto para o San Remo, e depois de quase 20 minutos andando, chegamos lá. Eu e a Ana entramos e perguntamos se o NX tinha reserva lá, e o cara da recepção disse que eles tinham uma reserva, mas acabaram cancelando porque o hotel estava cheio. Dissemos pra ele que talvez eles ficassem em Itajaí, e ele ligou para o hotel de lá. Quando ele desligou, ele nos contou que o NX tinha mesmo uma reserva lá. Um outro cara chegou na recepção e nós perguntamos quanto um taxista cobraria para nos levar até Itajaí, esperar lá até falarmos com os meninos, e depois nos levar de volta pra BC; ele ligou pra um taxista e o homem disse que cobraria 90 reais, o que dividido em 4 não ficaria tão caro. Pegamos o táxi e fomos pra Itajaí, chegando no hotel as meninas estavam todas lá, e nos contaram que os meninos não tinham chegado ainda.
Então sentamos lá na frente e esperamos... conversamos, batemos fotos, até jogamos baralho, tudo pra tentar passar o tempo mais rápido.
Depois de umas 2 horas esperando, finalmente vimos o ônibus vindo. Foi na hora que ele estacionou que levamos o maior susto, o ônibus bateu numa sacada do hotel, o vidro da frente trincou e a janela do lado caiu. Na hora eu fiquei tensa pelo motorista, me deu muita pena dele, ele ficou uns 2 minutos com as mãos no rosto e depois saiu pra fumar.
Foi então que, um por um, os meninos foram saindo do ônibus. Primeiro foi o Daniel; eu dei um oi pra ele, pedi um autógrafo, dei um abraço, bati uma foto e ele continuou atendendo outras meninas; tinha que ser tudo muito rápido porque o segurança ficava apressando o pessoal. O próximo a descer foi o Diego, e quando chegou minha vez de falar com ele, eu pedi um autógrafo e abraçei ele, durante o abraço eu falei: "Eu te amo Di, vocês são fodas, eu vou amar o NX pro resto da minha vida.", então ele me abraçou um pouco mais forte, esfregou minhas costas e disse: "Valeu mesmo!"; soltei ele, batemos a foto, e depois já fui falar com o Filipe, que já tinha descido do ônibus. Dei um oi pra ele e um abraço, e quando eu pedi um autógrafo ele disse:"Qual seu nome?", e eu falei: "É Giovana, mas pode escrever só gio"; enquanto ele escrevia falou: "É com L?", e eu disse:" Não, é com o". Quando ele terminou, batemos a foto e ele foi atender outros fãs. O Conrado e o Leandro não tinham descido ainda, então aproveitei pra bater uma foto com o Matador, e vi que o Diego ainda estava na porta do hotel atendendo umas fãs. Enquanto ele davaum autógrafo eu falei: "Di, por que tu dança reggae no palco?"; todas as meninas do meu lado riram e ele assim: "Eu danço reggae?", e eu falei: "Sim, tu faz uma coisa meio assim *eu balançando os braços e tal*", e ele assim: " Eu nunca tinha reparado, vou começar a reparar." Depois disso ele entrou e eu vi que o Le já tinha descido, então fui falar com ele; pedi um autógrafo, bati uma foto, e depois já fui falar com o Conrado porque os seguranças estavam apressando demais. Do Conrado também peguei um autógrafo e bati uma foto *que por sinal ficou horrível*. Depois disso voltei pra entrada do hotel e vi que o Di e o Le estavam atendendo fãs lá dentro. Aquele foi o único momento que eu derramei umas poucas lágrimas, eu tinha me tocado de que, finalmente, depois de anos de espera, eu tinha conhecido meus ídolos.
Depois disso o Giu foi ali na rua e também bateu umas fotos com o pessoal. Quando todo mundo já tinha entrado, voltamos pra BC pra pegar um lugar bom pro show, e por sorte conseguimos lugar na grade. Pegamos uma chuva do caralho, vimos dois shows antes do NX, fogos, e então às 22:30 o show começou, e foi foda, como todo show deles, valeu cada segundo.
Quando o show acabou, fomos correndo pra saída do camarim e tinha muita gente lá; a van estava saindo naquele exato momento e não deu tempo de falar com ninguém; mesmo assim eu fui lá pedir pra um segurança se eu podia subir lá no palco pra pedir a folha do setlist, então ele me levou lá e eu pedi a folha pro Everton, ele foi pegar, me entregou, eu agradeci e voltei pra onde a Bella tava; achamos o pai dela e sentamos um pouco, nisso a gente nem sabia mais onde a Ana estava.
Depois de tudo isso eu estava morta, andava toda torta e só queria um banho e minha cama. Como o trânsito estava todo parado, tivemos que andar quase 1 hora pra chegar na rodoviária, onde meu pai foi pegar a gente, e por sorte quando chegamos, ele já estava lá esperando.
Eu me joguei no carro e não queria saber de mais nada, dormi a viagem inteira. Meu pai levou a Bella e o pai dela em casa, e quando eu cheguei em casa eu joguei tudo no chão do meu quarto, tomei um banho bem quentinho, coloquei meu pijama e desmaiei na cama, a única coisa que consegui pensar antes de dormir foi que: Apesar de toda a correria e do cansaço, tudo valeu a pena, e MUITO!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011



E hoje eu perdi alguém. Alguém que desde que eu me conheço por gente está em minha vida. Pra muitos não é um alguém, e sim um animal qualquer, mas pra mim, a belinha era alguém. Eu ainda me lembro de quando eu via ela bebezinho, sempre brincando com um urso de pelúcia que ela adorava, era louca por bolinhas, e sempre foi muito carente. E era sempre eu, eu que brincava com ela, eu que pegava ela no colo quando ela pedia, eu que dormia com ela na minha cama, não me importava se ela estava limpa ou imunda, eu sempre estava com ela. Me lembro das vezes que eu chegava da escola e ela era a primeira a vir correndo me receber, ficava rodando as pessoas na mesa quando alguém estava comendo só pra ver se alguém daria alguma coisinha pra ela, e consequentemente, ela acabava ganhando alguma coisa. Depois que eu me mudei comecei a ver ela menos vezes, já que ela era da minha irmã, e não minha. Mas eu sempre considerei a belinha como minha filha, eu era a pessoa mais apegada à ela, e sempre que nos víamos, mesmo que fosse uma vez por ano, ela sempre me recebia com o mesmo jeito carinhoso de sempre. Me lembro de quando estava morando longe, ela se machucou e teve que passar por uma cirurgia, eu chorei muito, foi uma dor horrível, me imaginar perdendo a belinha, imaginar que eu não veria mais ela. E justamente hoje, depois de tanto tempo daquela cirurgia, agora que ela já estava super bem, por causa daquele jeito carinhoso de receber as pessoas, ela acabou recebendo o carro como não deveria. E ela se foi, a belinha se foi da minha vida. Essa semana eu ainda falei que ela teria que viver mais alguns anos pra que o meu sobrinho também pudesse brincar com ela assim como eu brinquei, pra ela receber ele quando ele chegasse da escola assim como ela me recebia, pra ele dormir com ela mesmo quando ela estivesse suja e fedida, assim como eu fazia. Eu nunca havia perdido alguém tão próximo, alguém que fosse tão importante na minha vida, eu não imaginava que a dor fosse tão forte, tão ruim. Eu escrevo esse texto sem parar de chorar e soluçar. Pensar que amanhã eu vou acordar e a belinha não vai estar ali pra eu pegar ela no colo e dar aquele beijo que eu dava nela todos os dias, pensar que ela nunca mais vai me receber com aquele jeito carinhoso dela, pensar que eu nunca mais vou poder ver ela, é horrível. Mas de certa forma eu estou em paz, eu fiquei do lado dela mesmo depois de ela já ter morrido, e ela morreu sabendo o quando eu amava ela, o quanto o meu carinho por ela era grande, e também morreu sabendo que eu nunca vou esquecer dela. Pode passar o tempo que for, eu sinceramente não sei quanto tempo vou levar pra me recuperar, mas a belinha é inesquecível, os momentos que eu tive com ela e a felicidade que ela me deu, isso não vai embora nunca. Belinha, tu sabe que eu te amo muito meu bebê, muito, e eu nunca vou te esquecer meu neném, eu prometo!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Foi em outubro de 1993. Foi quando eu nasci, e foi então que uma vida começou. Foi em uma cidade que muitos amariam morar, muito apreciada, e também um pouco odiada por sua movimentação e seu calor infernal na época do verão. Grande parte das minhas férias eu passei em outra cidade, muito mais longe, em que meu pai havia nascido. Lá eu posso dizer que passei os melhores dias da minha vida, e fiz coisas que muitos podem achar nojento, estranho, talvez até errado. Eu colhi milho do pé, fui pra roça, brinquei na grama, corri de touros, tirei peixe da lama da lagoa vazia, tomei banho de rio, fiz tudo e mais um pouco, e tudo isso com pessoas que me deixavam feliz, que me faziam rir o tempo todo. O tempo foi passando e o que eu fazia começou a mudar. Comecei a sair com minhas primas, ia em festas, conheci novas pessoas, não brincava mais como antigamente, mas as risadas continuavam, a única diferença era que estavam acompanhadas de conversas mais maduras, ou não. Agora eu já não faço mais isso, não vou mais tanto para essa cidade como gostaria, não faço mais as coisas que costumava fazer, mas posso dizer de boca cheia que a minha infância foi boa. Não teve luxo, não teve riquezas, minhas férias eram simplismente as mais simples do mundo, mas nem por isso deixaram de ser as melhores, porque eu tenho certeza que quando for mais velha, elas me trarão boas lembranças e me farão rir de tudo que eu fazia naquela época.